Eis a vida

Vamos nós entregando a vida ao destino
do bem e do mal, céu e inferno, simples.
Vamos colocando limites vagos,
ditando tudo, o certo e o errado
pela moral e os bons costumes

Vamos escolhendo pelo que já está posto:
Teorias da existência de cada louco
que convenceu outros tantos outros
da veracidade do papel

Vamos, então, acomodados por baixo,
pelo pouco que nos foi dado,
opções de desgosto

Vamos cessar nossa mente
para novas outras possibilidades
por medo, terror das divindades
tão bem instaladas socialmente

Ignorando tudo o que está colocado,
amostra dos coitados condenados,
vamos fingir que nada disso existe:
O que você poderia dizer sobre a vida?

Fora aqueles que levantaram suas teorias há milênios,
pelos quais você fundamenta a sua opinião há décadas,
quem mais hoje tem coragem de pensar além, há novidade?

A novidade é apenas uma velha amiga
daqueles que pensaram antes de nós
e nos convenceram além-tempo-da-carne

A novidade é apenas uma velha amiga
daqueles que se acorrentaram na preguiça
e se convencem que as dicotomias são o ponto final

A novidade que foi trabalhada eras antes
é a mesma que ainda incomoda lá no fundo
sem os panos loucos da consciência já construída:

Eis a vida: ?

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